Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2007

Napoleão invade Harbin.

O festival anual da neve que decorre em Harbin, província de Heilongijang a nordeste da China, é este ano dedicado à cultura e história francesa.

O festival ocupa uma área, aproximadamente, de 400 mil metros quadrados e utiliza, cerca de, 120 mil metros cúbicos de gelo e neve, na Ilha do Sol, no Rio Songhua.

 

A temperatura em Harbin chega a atingir quarenta graus abaixo de zero, e assim permanece por quase 6 meses.  A cidade fica mais a norte que a bem conhecida e gelada Vladivostok, na Russia, apenas a 300 milhas de distância.

 

As esculturas de Harbin datam dos tempos da dinastia Manchu, mas o primeiro show, devidamente organizado foi realizado em 1963, e o primeiro festival anual propriamente dito, só começou em 1985.


Desde então, o festival transformou-se num gigantesco evento, atraindo milhões de turistas chineses e de outras partes do mundo que enfrentam temperaturas abaixo de zero para admirar as esculturas – algumas chegam a ter tal dimensão que se pode mesmo andar dentro delas.

 

Veja a foto de Napoleão em:

http://noticias.sapo.pt/foto/798225

 

Luís Biscaia

publicado por BatalhaRolica às 09:31
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Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007

Apontamento

Não sendo formado da área da História, pretendo contribuir para este fórum com uma curiosidade: a Carruagem de Napoleão em Waterloo.

 

Após a batalha de Waterloo, em 18 de Junho de 1815, o Imperador dos Franceses fora completamente derrotado e o seu exército deixou no campo de batalha um vasto espólio, o qual viria a ter os mais variados destinos.

 

De entre essas peças, uma foi particularmente popular: a carruagem do Imperador. Levada para Inglaterra tornou-se uma grande atracção popular, tendo rendido ao seu proprietário, William Bullock, lucros avultados.

 

Gravura da época, parodiando a atracção dos ingleses pelo objecto

 

Trata-se de um landau en berline, tomado pelos Prussianos após a batalha, e fora encomendado para a campanha da Rússia, tendo sido bastante utilizado. É um novo modelo e possui diversas características inovadoras. A parte superior podia ser aberta, para que o Imperador tivesse um amplo campo de visão e pudesse conversar com cavaleiros ao seu lado.

 

Os painéis das portas eram à prova de bala, dispunha de diversas armas no seu interior e adaptava-se para servir de quarto de dormir, cozinha, casa de banho ou gabinete. Incluía ainda um grande relógio, da melhor qualidade para a época, pelo qual todo o Exército acertava os seus relógios.

 

Foi adquirida por Madame Tussaud em 1842 e permaneceu na sua colecção por 80 anos. Em 18 de Março de 1925 quase toda a colecção de Napoleão do Museu ficou destruída num incêndio, tendo a carruagem ficado muito danificada.

 

Os seus restos foram oferecidos em 1976 ao Museu de Malmaison, onde foram restaurados e se encontram e exibição.


Carruagem de Napoleão em Malmaison, França.

 

Para mais informações sobre o espólio do Imperador Napoleão Bonaparte consultar:

www.musees-nationaux-napoleoniens.org

 

Rui Viola

publicado por BatalhaRolica às 08:56
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Terça-feira, 11 de Dezembro de 2007

As guerras do gato e do rato

Sob este tema, já ventilámos duas diferenças tácticas e estratégicas das opções militares francesas e britânicas, que levaram à vitória dos últimos, apoiados por tropas portuguesas, e à claudicação dos napoleónicos, designadamente no que se refere à I Invasão da Guerra Peninsular.

Mas outras opções, diametralmente opostas, levaram àquela consumação e, sobre mais duas delas, nos debruçaremos agora.  

A Napoleão, desde Julho de 1807, lhe estava claro na estratégia, já que contava com a aliança com Espanha, que a invasão de Portugal era um facto assumido, face ao apoio do nosso país à Inglaterra, muito em especial na batalha naval de Trafalgar, e à dimensão e valia do império colonial luso. 

Era-lhe útil o domínio territorial e económico de todo esse espaço, o apresamento da armada portuguesa e a detenção da nossa família real. Estes dois últimos objectivos eram a grande tarefa de Junot, para que se reabilitasse da vida de boémia e gastos que vinha mantendo, tal como de uma carreira militar arrojada, mas de duvidosa capacidade de alto comando.

Os ingleses, por seu lado, em articulação com o príncipe regente, D. João, e o governo de Portugal, desde a mesma data que sabiam da incapacidade da resistência de um país pobre, sem estruturas e sem exército, para fazer frente às mais numerosas e bem treinadas forças terrestres do tempo, as francesas.

Assim, e secretamente, foi preparada a transferência da corte e governo para o Brasil, a tempo de as tropas gaulesas os não deterem, bem como a saída da nossa armada que, se não zarpasse a tempo, seria afundada pela Própria frota inglesa.

A detenção da família real daria a Napoleão a propriedade de todos os territórios portugueses, continentais e ultramarinos, da mesma forma que o apoderar-se da nossa armada, talvez a melhor do mundo a seguir à inglesa, lhe conferisse capacidade para começar a combater o domínio dos mares, que eram posse absoluta dos britânicos.

E como aconteceram as coisas?

A partida da corte, do governo, dos tesouros e arquivos reais e de cerca de quinze mil pessoas, não foi feita em sobressalto e desprogramada, ela estava de tal forma organizada que se consumou em cerca de dois dias; e, 

Junot chegou a Lisboa tarde demais, para os objectivos que trazia, dado que ainda avistou a frota a sair da barra, com a frustração de ter ficado “a ver navios”, expressão que ainda hoje se usa para quem não consegue realizar um objectivo importante a que se comprometera. 

Napoleão repreendeu severamente o seu irmão, embaixador em Madrid, e o próprio Junot pelo fracasso desta missão e, quando das suas memórias, já escritas desde o exílio na ilha de Santa Helena, confessou que foi a falência desta estratégia em Portugal, que ditou o princípio do seu fim. 

Outra diferença diametral nas opções estratégicas, situou-se nas escolhas tácticas de combate:

Os franceses tinham testado, até então, a ofensiva central e em bloco, com linhas, como ondas maciças de soldados de infantaria, com efectivos numerosos e poderosos, que lhes permitiram os êxitos militares retumbantes até 1807, e que pensaram ser solução infalível; e,

Os ingleses que utilizavam novas armas, designadamente a Baker, já dotada de estrias, que lhes davam uma capacidade de ataque e renovação das linhas frontais, que sustinham o ímpeto combativo dos gauleses. Porém, a inovação trazida para a Guerra Peninsular, pelos generais britânicos, residia na formação das suas forças em três frentes: A central e duas de envolvimento, flanquiando o opositor pela direita e pela esquerda. 

Foi esta divergência táctica que ditou grande parte do êxito dos exércitos ingleses sobre os franceses, em todo o desenvolvimento da Guerra Peninsular, e depois dela, e foi, sem dúvida, a tenaz feita pelas forças do coronel Ferguson, flanqueando as forças do general Delaborde pelo lado dos Baraçais, e as portuguesas sob comando do tenente-coronel Trant, pelo lado das Cezaredas, que ditaram a vitória das tropas luso-britânicas na batalha da Roliça.

Nem sempre ganha o gato, nem o rato, mas é companhia do vencedor o saber aproveitar-se inteligentemente do efeito de surpresa e, por isso, das manobras não previsíveis, sobretudo quando desenvolvidas antes do tempo útil que ao inimigo daria jeito. 

Manuel Patuleia

publicado por BatalhaRolica às 09:36
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Quinta-feira, 6 de Dezembro de 2007

“Ir Pró Maneta” apresentado no Bombarral

Vasco Pulido Valente esteve no Bombarral no passado Sábado, dia 1 de Dezembro, para apresentar o seu mais recente livro: “Ir Pró Maneta”.

 

A sessão, que se integrou no programa comemorativo do Bicentenário das Batalhas da Roliça e do Vimeiro, realizou-se no Auditório Municipal e contou com a presença de cerca de 80 pessoas.

 

Esta foi a primeira apresentação a ter lugar após o lançamento do livro, que se realizou no Museu Militar no dia 21 de Novembro. Depois de declinar convites de várias outras entidades, Vasco Pulido Valente acabou por aceitar vir apresentar a sua obra ao Bombarral, por ser um dos concelhos que foi palco dos acontecimentos históricos sobre que se debruça no seu livro.

 

Além deste facto, que acabou por ser motivo de grande satisfação para a organização, é ainda de salientar a grande adesão de público ao evento, algo que, segundo o Grupo de Trabalho para as comemorações do Bicentenário da Batalha da Roliça, premeia o labor que tem vindo a ser desenvolvido.

 

Conforme salientou o autor, o livro apresenta-nos a história da revolta dos portugueses contra o invasor francês e também contra todos aqueles que com ele colaboraram.

 

Com esta revolta, segundo explicou Vasco Pulido Valente, os portugueses pretendiam essencialmente evitar que as tropas francesas lhes levassem a comida, os animais, entre outros bens. O exército francês vivia essencialmente do saque para alimentar as suas tropas, pilhando tudo por onde passava. Por tal razão, foram muitos os portugueses que acabaram por morrer à fome. Estima-se que neste período tenha morrido cerca de 1/5 da nossa população.

 

“Ir Pró Maneta” relata-nos ainda a forma cruel como o exército francês tentou travar a revolta da população portuguesa, nomeadamente através de um grupo de tropas liderado pelo general Henri-Louis Loison que percorreu o território nacional assassinando quem lhe surgisse pela frente. Foi por esse facto e por o referido general ter apenas uma mão que ainda hoje utilizamos a expressão ‘ir pró maneta’, para dizer que alguém faleceu.


Esta foi a segunda actividade inserida nas Comemorações do Bicentenário das Batalhas da Roliça e do Vimeiro. A próxima está agendada para Janeiro de 2008 e terá lugar na sede do Clube Recreativo Delgadense, na localidade da Delgada. 

publicado por BatalhaRolica às 11:30
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