Ontem, como hoje, os conflitos entre os homens foram sempre reprovados pela voz da consciência humana, ainda que eles tivessem que ter acontecido, para impedir o domínio universal pretendido por povos ou comandantes militares e políticos com ideais absolutos de poder e supremacia. Aliás, sempre imperou o bom senso geral e o superior intento do alcance da paz!
Dessa forma aconteceu no início do século XIX, altura em que, frente à expansão hegemónica sobre a Europa, por parte de Napoleão Bonaparte, as forças militares de quase todo o continente se aliaram para o derrotar, eliminando a sua filosofia de domínio que empreendera com as suas hostes, algumas vezes integradas por contingentes de outras nações.
No início dessa ofensiva terrestre aliada, o exército britânico desembarcou em Portugal para que, com a incorporação de militares lusos, repelissem a ocupação que Napoleão impusera ao nosso país, com a sua invasão em 17 de Novembro de 1807, e consequente transferência da família real e governo portugueses para o Brasil.
Por esse facto, em Agosto de
Junot, comandante das hostes de Napoleão, tinha disperso por todo o país as suas divisões e as espanholas que se lhe juntaram, na passagem pelo país vizinho, mas mantinha em Lisboa uma guarnição pouco numerosa.
Receando a esperada entrada dos ingleses, pela via marítima, os gauleses não imaginavam onde e em que data o desembarque se faria, razão pela qual aqueles desembarcaram sem oposição militar a 1 de Agosto de 1808 na praia de Lavos, situada na margem esquerda do rio Mondego junto à sua foz.
O exército napoleónico tinha enviado uma força, relativamente modesta, para norte de Lisboa, incapaz de deter as tropas inglesas, às quais se tinham já juntado em Leiria as portuguesas. A divisão napoleónica, comandada pelo general Delaborde, foi recuando, perante o fácil avanço das forças luso britânicas sob o comando do general Arthur Welsley, e acabariam por enfrentar-se na Roliça, a 17 daquele mesmo mês de Agosto.
Os franceses foram então repelidos, num dos seus primeiros desaires militares terrestres, e podemos afirmar que esta foi a sua derrota inicial nas três campanhas que, na altura, empreenderam em Portugal.
A divisão de Delaborde bateu em retirada para Torres Vedras, onde se juntou a reforços de retaguarda, para tentar deter o avanço de Welsley sobre Lisboa, mas os franceses foram absolutamente desbaratados na batalha do Vimeiro, no seguinte dia 21, tendo sido forçados a assumir a qualidade de vencidos, na assinatura da Convenção de Sintra, com a correspondente expulsão para o seu país pela via marítima. Estava assim subjugada a 1.ª Invasão Francesa a Portugal!
As três invasões ao nosso país fizeram parte de um plano mais vasto de Napoleão, que sonhou dominar toda a Europa, com o pretexto da difusão dos ideais da Revolução de 1789: “Liberdade, igualdade e fraternidade”.
Na altura, esse desejo foi contrariado, designadamente pela Inglaterra, que o começou claramente a enfrentar no nosso país, pela via terrestre, conforme se descreveu antes. Porém, as nações europeias do tempo uniram-se mais tarde, ao constatarem o ideal imperialista de Napoleão, tendo-o derrotado definitivamente só em 1815, na batalha de Waterloo.
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